A
HISTÓRIA
DA
FAMÍLIA
A história da Quinta do Piloto abrange quatro gerações de uma família que cresceu ligada à história de Palmela ao longo de um século.
No início do século, em 1900, Humberto da Silva Cardoso partiu para o Brasil em busca da fortuna. Mas regressou pouco depois, como partira.
Em Palmela casou com Adelaide Carvalho Cardoso, filha de uma família ilustre de proprietários vinícolas, onde pontua o restaurador do concelho.
Jovem, empreendedor e visionário, Humberto Cardoso viu no início da indústria automóvel a oportunidade de criar uma empresa rodoviária. A Auto-cars Palmelense foi uma das primeiras em Portugal e pioneira a criar uma carreira internacional. O crescimento de Lisboa levou a que fosse a Auto-cars Palmelense a fornecer muitos dos primeiros autocarros da Rodoviária Nacional. E a própria empresa acabou vendida.
Humberto Cardoso decidiu investir os lucros deste negócio na viticultura, em plena expansão na região. Comprou três grandes herdades: a Fonte da Barreira, Lau e Alboal onde iniciou a plantação de vinha. Construiu também duas adegas, primeiro a Quinta do Piloto e depois a Adega da Serra. Assim se inicia a ligação da família Cardoso ao vinho.
Aí Humberto Cardoso instalou a adega que foi crescendo até atingir a dimensão actual.
A Casa Agrícola Humberto Cardoso cresceu com a venda de vinho a granel na região. O seu fundador tornou-se um dos maiores viticultores da região e destacou-se pela sua dedicação a Palmela. Humberto Cardoso viajava muito e tinha o hábito de fotografar o que gostava, como inspiração. Em 1952, como presidente da Câmara, construiu o Cineteatro S. João, que marcou a vida cultural de Palmela e para o qual foi buscar pessoalmente à Alemanha um dos mais modernos equipamentos de projecção do país.
Cedo Humberto da Silva Cardoso entregou toda a gestão das quintas e adegas aos seus filhos, Rui e Álvaro Cardoso, e partiu para realizar um sonho seu, uma volta ao mundo na companhia da sua mulher.
Muito jovem, Álvaro Cardoso assumiu a responsabilidade pelo negócio da família, que desenvolveu seguindo o modelo original. Com quase 500 hectares de vinha eram o segundo maior produtor da região a seguir a Rio Frio, a maior vinha da Europa. Produziam 3 a 4 milhões de litros de vinho, um volume extraordinário na época, vendido a granel para grandes empresas da região. Também Álvaro se destacou como benemérito de Palmela. Como presidente da Câmara, ainda muito jovem, trouxe a água canalizada, tornando-se uma figura muito respeitada de Palmela.
Mais tarde o seu sobrinho, Humberto, formado em agronomia veio a integrar a empresa, que liderou sempre com o sonho de engarrafar os seus próprios vinhos. O sonho acabaria por se realizar com a entrada da quarta geração, pela mão do seu filho Filipe Cardoso.
Filipe Cardoso viu na extensa área de vinhas velhas e na experiencia familiar a oportunidade de selecionar vinhos extraordinários. O actual projecto Quinta do Piloto nasceu em 2008, para dar a conhecer estes vinhos especiais. Dedicada a engarrafar vinhos de qualidade, em pequenas quantidades a Quinta do Piloto é o culminar de uma história que abrange quatro gerações dedicadas a Palmela. Um segredo finalmente revelado.